domingo, 8 de março de 2009

tom de silêncio

não é de voz, mas de linguagem. bordeia imagem. respira o descompasso do som. cheira a vapor. passeia entre dentes e engole seco. tateia como ar. mistura com o vento o que se há.

percepção espreguiça tênue, prestes a desmistificar a sombra da natureza e a crise entre homens ensolarados. fruta madura não hesita origem. política despenca de hipocrisia. ambas desabitam o silêncio. a interação surte de cor espontânea. a mente me parece flecha sutil e o instinto voraz ingênuo. faz tempo que imitam folha até a morte. afeto brota em ressurgência. de vida, pois, sacia tudo aquilo que se molha.

toda falácia desfalecia.

muito acontecer sobre nada - sopro de linguagem oca.





era o parto dos contrastes. festa sem alarde.



ensaio de felicidade.



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Domingo cedo
goteira logo

boceja


28/12/2008

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"Olho é uma coisa que participa o silêncio do outro."

Manoel de Barros




4 comentários:

Anônimo disse...

...

Anônimo disse...

boas linhas definiram o que se faz; ensaia-se com a felicidade. mas chega ao grande ato?

Leticia disse...

sempre ao mestre... =)

beijo !

J disse...

o homem tagarelou 25mil anos de linguagem pra descobrir que o silencio é o que há de mais sagrado.