quarta-feira, 5 de outubro de 2011

sensível demais pra ser verdade

uma coisa nova chega
como sempre
e ousa um pouco
até repetir

e aí ela me pede
depois me pode
mas esquece
que eu não quero
repetir

o frescor
só isso dá
tesão
de querer continuar

23/09/2011



*ou então por alberto caeiro:

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
 e ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.

Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.





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3 comentários:

Luanne disse...

"e aí ela me pede
depois me pode"

gostei muito...

ociosoanônimoautorizado disse...

obrigado, lua!

phede até o que phode!

cléo disse...

lindo