quinta-feira, 28 de junho de 2012

derrubar

o poder sustenta tudo.
então não me venha com papinho
de imperialista água de côco
ou socialista de anarco morto.
vamos pensar em gente como o mundo
que domina
e traz a hierarquia desde o ínfimo segundo fecundo.
a lei independe onde tudo interdepende
e é necessário que a matéria exista
no tempo de sua duração.

mas então o espaço é afirmação.
e como se não houvesse outro jeito, nos forçamos ao esforço,
pois somos incapazes de agir respeitando as veias fluidas.
por que elas estruturam se nós reinventamos?
incapacidade de aceitar o mistério?
insistência de um sistema nervoso que não foi convidado?

seguimos rasurando os ditos de nós
sobre nós,
acreditando e não
na utopia e na humanidade
do que se constrói através e à margem da palavra.
é claro que há renovação,
no tempo de sua duração
e por afirmação.

onde for possível notar, nunca nos falta nada,
mas tudo poder
por pouco transformar.
 



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